quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O Amadurecimento do Rap Nacional



Conhecido no princípio como um grito de expressão de jovens que buscavam a reestruturação do sistema, o rap tem demonstrado um crescimento vai muito além das batidas.

Nomes como Mano Brown, GOG, “X”, Ndee Naldinho, que fizeram parte da fundação do Rap no Brasil tem mostrado o que deve ser buscado de referência quando se trata de composição.

Além das letras, a forma de expressão e até a voz também faz parte desse novo cenário. Quem não lembra de uma das primeiras músicas de Ndee Naldinho “Lagartixa na Parede”? Ou ainda “Traficando Informação” de Mv Bill? Universos bem distantes quando comparados com “4.0 turbinado” ou “Falcão o bagulho é doido”.
Paralelo ao amadurecimento dos artistas, nota-se a inclusão da musicalidade no Rap. Há alguns anos atrás, algo raro, era a interferência de algum instrumento que não fosse o teclado (sintetizador) nos beats, sons sintéticos que por si só não dava a devida importância às instrumentais. Hoje, a inclusão de algum instrumento humanizado (com tocada em estúdio ou ao vivo) é praticamente exigência como diferencial de qualidade de um artista. A Pick-Up deixou de ser o único instrumento do Rapper.

A evolução tecnológica e a mudança de ótica social têm sido fatores determinantes e favorecedores ao movimento. Quando, em meados dos anos 90 poderíamos imaginar um rapper em pleno horário nobre dominical ou em trilhas sonoras dos folhetins globais? Em relação à tecnologia: computadores mais potentes (equipamento básico para qualquer gravação musical), mudança econômica causando a facilidade de criação de home Studios.

O surgimento da internet que ensina qualquer um a ser um produtor musical, criou um leque de opções boas ou ruins, causando um “boom” tecnológico musical e o rap não poderia está fora, afinal, teoricamente, basta uma boa instrumental e uma letra que se cria um flow.

Abaixo, produzimos um pequeno set mostrando as diferenças do rap antigo e do rap atual com os mesmos artistas.





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